Monte Castelo
Legião UrbanaComposição: Renato Russo (recortes do Apóstolo Paulo e de Camões).
Ainda que eu falasseA língua dos homens
E falasse a língua dos anjosSem amor, eu nada seria...
É só o amor, é só o amor
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdadeO amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja
Ou se envaidece...
O amor é o fogoQue arde sem se ver
O amor é o fogoQue arde sem se ver
É ferida que dói
E não se sente
É um contentamento
Descontente
É dor que desatina sem doer...
Ainda que eu falasseA língua dos homens
Ainda que eu falasseA língua dos homens
E falasse a língua dos anjosSem amor, eu nada seria...
É um não quererMais que bem querer
É um não quererMais que bem querer
É solitário andarPor entre a gente
É um não contentar-se
De contenteÉ cuidar que se ganhaEm se perder...
É um estar-se presoPor vontade
É um estar-se presoPor vontade
É servir a quem venceO vencedorÉ um ter com quem nos mata
A lealdadeTão contrário a si
É o mesmo amor...
Estou acordado
Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...
Ainda que eu falasse
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...
Canteiros (Música do Fagner baseada na obra de Cecília Meireles)
Cecília Meireles!!! Eu não sabia... não imaginava, que esta música era um poema de Cecília!
Quando penso em você
fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa, menos a felicidade
Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego já me traz contentamento
Pode ser até manhã, cedo claro feito diamas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter no mato um gosto de framboesa
Para correr entre os canteiros e esconder minha tristeza
Que eu ainda sou bem moço para tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida.
Autopsicografia
Tom JobimComposição: Fernando Pessoa
Tom JobimComposição: Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não tem.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
São verdadeiras obras de arte!
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