XIX Congresso de
AEE
Inclusão e
Diversidades – Múltiplos olhares
“ A aparente fragilidade das
pequenas iniciativas tem sido suficiente para enfrentar com segurança e
otimismo, o poder da velha e enferrujada máquina escolar. A inclusão é um sonho
possível!”
“ Não tenha pressa, mas, não perca
tempo.”
Frases que marcaram o encontro. Ficam para reflexões:
- O que sabemos em termos científicos do que fazemos com as crianças?
- Precisamos de uma teoria para nos iluminar, aí criamos estratégias.
- A troca de experiências é crucial!
-Estamos passando por uma crise
de paradigmas ( crise de concepção, de visão de mundo).
- Para produzir a reviravolta que a inclusão impõe, é necessário
quebrar/ romper com o paradigma moderno.
- Para ser professor de AEE a primeira coisa a fazer é quebrar o
paradigma que tem dentro dele.
-Paradigma Moderno: Escola
atual é com visão determinista, mecanicista, formalista, ignora em sua
essência o afetivo, o subjetivo, o
criador.
- Somos seres de complexidades, não somos fragmentados!
- A gente precisa colocar uma linha de partida, que é uma só, mas, o
ritmo, a subjetividade é de cada um, não sabemos a linha de chegada! Cada um
irá chegar de uma forma aonde está proposto chegar. Para tanto professor,
respire fundo! Tenha calma, ética, compromisso!
- Primeira coisa a fazer no processo de inclusão, é ACOLHER, criar
vínculo com o aluno. Ressaltamos que afetividade é fazer o que tem que ser
feito, com respeito ao outro. O aluno
precisa ser tratado como “pessoa”. Relação saudável / positiva.
- Dica para fazer a inclusão: Pense
na pessoa, busque na ciência, quebre paradigmas dentro de você, depois na
prática, troque ideias, esta é a receita!
- O melhor método, procedimento é aquele que é verdadeiro, que brota
entre você e o aluno.
- As perguntas é que movem o mundo! E exigem respostas!
- Algumas respostas:
· Recriar o modelo educativo( quebrar
o paradigma de hoje ).
· Reorganizar as escolas nos aspectos
pedagógicos e administrativos.
· Ensinar a turma toda- sem exceções e
exclusões( fica mais uma reflexão: como ensinar o aluno que não quer aprender?
Mas porque será que ele não quer? O que eu tenho que fazer? Este é nosso grande
desafio!).
- É muito importante ter o hábito de REGISTRO. O
exercício constante de reflexão, cooperação, compartilhamento de ideias! E é
importante não comparar os alunos, mas, fazer registro de cada aluno e mês a
mês ver a evolução de cada aluno. Exemplo: “ em março, João estava asssim...,
abril, assim...”
- Registro é feito
para dialogar, consigo mesmo, com sua prática. Nos registros encontramos
evidências e reflexões- contribui para o planejamento e replanejamento.
- É bom eu ter
“autoridade de argumento” e não “ argumento de autoridade.”
- Para ter escola de qualidade, comece a investir na sua
autoridade intelectual.
- Aprendizagem ativa- aprender fazendo!
- Deficiência
Intelectual:
· Idade cronológica é diferente da
idade funcional.
· A aprendizagem é mais lenta que a
dos colegas.
· É preciso oferecer vários caminhos e
estratégias para que o aluno possa aprender.
· Precisa de motivação.
· É
importante colocar regras.
· Estabelecer rotina.
-Criar um currículo
funcional com algumas funções específicas e necessárias, importantes para o
desenvolvimento cognitivo das pessoas com deficiência.
- Currículo
funcional: é uma proposta de ensino que visa a melhoria da qualidade de
vida diária e pedagógica dos nossos educandos.
-Adaptações
curriculares:
pensar o que o aluno sabe/ consegue fazer( habilidades preservadas). Quais são
os conteúdos necessários, funcionais para melhor desenvolver. É importante avaliar o aluno da forma que ele
te dê retorno.
-A adequação
pedagógica tem que partir do que o aluno sabe.
-Professor tem que ganhar o aluno!
-O professor
especialista é complemento, suplemento do professor da classe regular, que
também é responsável pelo aluno com necessidades especiais.
-Tudo o que fazemos tem que ter meios e medidas.
-Professora de apoio
está para auxiliar a professora da classe com determinado aluno, este aluno
precisa interagir com os colegas também.
-Como pode o professor montar uma aula que sabe que não
irá dar certo?
-Nos deparamos com aulas em que os alunos não estão
aproveitando!
-As diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação Básica se
baseia que todas as crianças são capazes de aprender, não importando o grau de
severidade da deficiência.
-Par ter o atestado de terminalidade, é preciso ter
deficiência severa, com laudo e vivências, registros, relatórios arquivados no prontuário.
-A educação inclusiva
é quando faz-se uma aula que contempla todos os alunos.
-As crianças com múltiplas deficiências de maneira geral,
aprendem lentamente e tendem a esquecer o que não praticam. Elas precisam de
instruções organizadas e sistematizadas. Necessitam de alguém para mediar seu
contato com o meio que o rodeia.
-De acordo com a Secretaria de Educação Especial do MEC,
deficiências múltiplas dizem
respeito ao nível de desenvolvimento,
possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem
que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas.
- É importante ver no aluno não só as impossibilidades.
-As aulas precisam ser em cima do interesse do aluno.
-É importante observar na lousa, o tamanho da letra que favoreça o
aluno enxergar.
- A escola precisa ter funcionalidade para o aluno.
- Pautar nas
possibilidades e não na limitação. Se começar nas limitações, o aluno não vai
ter interesse, começa com as possibilidades, aí chegará nas limitações.
-Trabalhe com as possibilidades, com o que o aluno pode
te dar!
- Respeite o tempo de cada um para realização das
atividades.
- Estimule.
-Trate a pessoa conforme sua idade. Não infantilize.
- Não superproteja o aluno, permita que dê suas opiniões,
participe e tome suas próprias decisões. A superproteção tira a capacidade de
ser.
-Trabalhe rotinas, apresente modelos, seja claro e objetivo
nas orientações e sempre inclua o aluno nas decisões de seu dia a dia.
- Explique e antecipe para o aluno o que ele precisa
fazer de uma maneira que ele entenda e respeitando o seu tempo de aprender,
para assimilar as informações.
- A família precisa estimular em casa e o professor, a escola
precisam fazer o pai, a mãe sonhar ,
acreditar; necessita orientar a família.
- Professor coloque o “ sim” para os pais, não somente o“
não” ( não fez isso, aquilo... )
- Trabalhe com o “ sim ‘ , o “ não” já temos!
- Professor que
acredita, ele fuça!
- Hoje o professor não pode falar que não tem acesso, se
a escola não tem, na internet tem.
- Observe qual o lugar da escola que seu aluno mais
gosta? Vivencie com ele a escola.
- Respeite a identidade cultural e a forma de comunicação
de cada pessoa.
- A tecnologia assistiva é fundamental para a pessoa com
deficiência física. –Nunca movimente uma cadeira de rodas sem a permissão da
pessoas. – Cadeira de rodas não cresce com o aluno, mãe muitas vezes não vê
isso, é importante o professor orientar a família.
- Uma folha de sulfite colada com fita na carteira
auxilia e muito o aluno com deficiência física.
- A inclusão requer algumas modificações e o fundamental é acolher a todos.
-Psicóloga,
fonoaudióloga não alfabetiza!
- Não basta ter o laudo!
- Um pouco sobre o
TEA- Transtorno de espectro autista:
· Fatores biológicos( deficiência
intelectual e transtorno convulsivos).
· Fatores genéticos( alta taxa de
herdabilidade nos irmãos) .
· Fatores ambientais( fatores pré e
perinatais).
· Fatores neuroanatômicos.
· Fatores bioquímicos.
ü Primeiros sinais- díade autista:
· Défcit na comunicação social e
interação social.
· Padrões repetitivos e restritos de comportamento,
interesses e atividades.
ü Pessoas com autismo são pensadoras
visuais. Seus pensamentos são concretos, transformando as imagens em objetos mentais...
Dai a importância do uso de imagens com os alunos.
ü Precisam de uma rotina. Para conseguir
se organizar no tempo, já que os conceitos de passagem de tempo são muito
abstratos para a grande maioria dos autistas.
ü Possuem dificuldades de aprender por
observação.
ü Não fale: “ faça assim”, precisa de modelo,
precisa do concreto, depois vai aprendendo.
ü Muitos não entendem frases extensas
ou até palavras. Tendo também uma limitação na questão da comunicação.
ü Aluno autista não é agressivo, tem
momentos de agressividade quando não consegue comunicar-se, assim, precisa
chamar a atenção de alguma maneira.
ü Adaptações no ambiente são
necessárias: rotinas( agendas visuais e murais de comunicação; definições,
organização e identificação dos espaços;transição nos ambientes.
ü É preciso sensibilizar, contagiar.
ü A inclusão só é boa se beneficia, traz alegria.
ü Brincando com as crianças com
recursos lúdicos, a criança se expressa,aprende. A criança autista não sabe brincar,
então precisa ensinar.
ü A fala do professor deve ser serena,
explícita e pausada. Acriança autista tem aversão a ambientes agitados e desorganizados.
ü Resiste a mudanças de rotina.
ü Manifesta risos e movimentos não apropriados.
ü É resistente ao toque. Mas, trabalhe
com fantoches, este ajuda o aluno a comunicar-se, se aproximar.
ü Trabalhe com slogans, alguns se
sentem interessados.
ü Consciência fonológica - os sons das
letrinhas, a formação das sílabas, é muito importante no trabalho com
eles.
ü Faz pouco contato visual.
ü Apresenta quadro de irritabilidade
quando é contrariada.
ü Não interage no grupo social,
tende-se a isolar no ambiente escolar e familiar.
ü Apresenta apatia frente aos
estímulos, tem preferência por objetos circulares.
ü Apresenta atraso na linguagem ou
ecolalia e a simbolização fica severamente prejudicada.
ü Quando pensamos nesses sintomas, devemos
refletir sobre como integrar-se ao mundo desta criança, fazer parte, olhar para
ela e buscar contato para que ela te perceba e permita você interagir e
brincar.
ü É preciso colocar regras, horários.
ü O aluno deve ter rotina em casa
também.
ü Construir atividades à partir dos desenhos, o que
gosta de assistir.
ü Queremos que a criança entre em nosso mundo, mas, nós é que temos que entrar
no mundo deles. A criança autista não
está preparada, não tem interesse nenhum para eles.
ü Muitas crianças costumam imitar o exemplo de outros e frequentemente
apresentam reações de oposição.
ü Mãe, professor tem que passar do LUTO para a LUTA. A
família está em luto porque a criança que eles esperavam não nasceu. Traga a
família para escola. O vínculo afetivo é muito importante.
ü O professor constrói o caráter do aluno
juntamente com a família, ou destrói... até hoje nos lembramos de nossos
professores, os que foram bons e os que não foram...
ü O acolhimento, vínculo afetivo é o motor que começa a gerar a vontade de
aprender.
- Inclusão- processo
complexo que configura diferentes dimensões: ideológica; sociocultural,
política e econômica.
- Inclusão é um
processo pessoal, do indivíduo. O papel do professor é organizar os tempos e
espaços da sala de aula, olhando o aluno, organizando a metodologia para que
este aluno se sinta incluído. Quando
a criança se sente acolhida ela vai querer voltar para escola.
- A inclusão significa transformação da prática pedagógica,
das relações interpessoais positivas, da interação e sintonia entre professor-
aluno; família- professor; professor- comunidade escolar e compromisso com o
desempenho acadêmico. Relação
família professor é primordial.
- A inclusão depende
da criação de rede de apoio e ajuda mútua entre as escolas, pais e
serviços especializados da comunidade
para a elaboração do projeto pedagógico individual.
- Temos o costume de valorizar o que o aluno não
consegue, é cultural. Precisamos mudar isso!
- Ambiente estimulante
não é sala de cheia de coisas( cartazes, cantinhos) e sim que reforça os pontos
fortes, reconhece as dificuldades.
- A vida das pessoas com baixa visão é complicada, muitas
vezes não é entendida.
- Muitas vezes a família superprotege, ela tira a
capacidade do outro ser.
-Trabalho para o
deficiente – barreiras atitudinais – barreiras do preconceito. Como funcionário
ele precisa de uma boa capacitação para ser um profissional produtivo.
- A educação inclusiva
não se faz por decreto ou diretrizes.
“ A cegueira é uma
questão de visão!”
Dicas de páginas de redes sociais
interessantes:
https://www.facebook.com/adeva1978/?fref=ts
Leis que precisam ser
conhecidas:
NOTA TÉCNICA Nº 055 /
2013 / MEC / SECADI / DPEE
RESOLUÇÃO Nº 4,
DE 2 DE OUTUBRO DE 2009
Segundo a
responsável pelo congresso, Ivanilde Moreira, em nosso dia a dia sentimos SOLIDÃO,
mas, é uma “ solidão amiga” , solidão com as dificuldades para implantar a
verdadeira inclusão , por sentir vontade de concretizar nossas metas. Nos
congressos, reuniões juntamos forças.
“ Pra
onde fores vá de verdade, vá de coração. “ Confúcio.
NO HTPC DO DIA 15 DE AGOSTO, FIZ REFLEXÕES COM OS PROFESSORES SOBRE O CONGRESSO.
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