A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo),
também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada
pelo psicanalista nova-iorquino Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no
início dos anos 1970.
A dedicação exagerada à atividade profissional é uma característica marcante de Burnout,
mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de
desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a
auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem
início com satisfação e prazer termina quando esse desempenho não é
reconhecido. Nesse estágio, a necessidade de se afirmar e o desejo de
realização profissional se transformam em obstinação e compulsão[1] ; o paciente nesta busca sofre, além de
problemas de ordem psicológica, forte desgaste físico, gerando fadiga e
exaustão. É uma patologia que atinge membros da Segurança Pública, da Saúde
Pública, setor bancário, Educação e Cartorários.
São doze os estágios de Burnout:
- Necessidade de se afirmar ou provar ser sempre capaz
- Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer
tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo);
- Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os
amigos começam a perder o sentido;
- Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem,
mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
- Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que
antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única
medida da auto-estima é o trabalho;
- Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente
desvalorizados, tidos como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os
contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais
evidentes;
- Recolhimento e aversão a reuniões (anti-socialização);
- Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas
brincadeiras com bom senso e bom humor);
- Despersonalização (evitar o diálogo e dar prioridade aos e-mails,
mensagens, recados etc);
- Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e
desgastante;
- Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida
perde o sentido;
- E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente
dita, que corresponde ao colapso
físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a
ajuda médica e psicológica uma urgência.[1]
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