FELIZ DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES!
ESTE TEXTO É IMPERDÍVEL!
TEXTO DE RUTH ROCHA
Mulheres de Coragem
Ruth Rocha-Uma história do livro Mulheres de Coragem da Editora FTD
Mulheres de Coragem
Ruth Rocha-Uma história do livro Mulheres de Coragem da Editora FTD
Foi na Alemanha que esta história aconteceu.
Há muitos e muitos anos.
A guerra já durava havia muito tempo.
As tropas do Imperador Conrado III cercavam o castelo do Rei Welfo VI.
Antes que o cerco começasse, quando perceberam que as tropas inimigas se aproximavam, os habitantes do castelo já tinham fugido nas suas carroças, nos seus carros de boi ou mesmo a pé, carregando o que podiam.
As crianças tinham sido mandadas para longe, para a casa de parentes.
Ficaram apenas os soldados e os cavaleiros, para a defesa do castelo; e suas mulheres, que não quiseram abandoná-los.
O cerco já durava dois longos anos.
Nos primeiros tempos, os defensores do castelo estavam otimistas, achavam que havia possibilidade de vencer o inimigo, pela luta ou pelo cansaço.
Mas, com o passar do tempo, a comida foi acabando, a água foi se tornando cada vez mais difícil, as doenças começaram a se espalhar.
Os feridos se arrastavam pelos aposentos desertos do castelo, sem tratamento, sem esperança.
A invasão do castelo estava próxima. E todos sabiam que quando isso acontecesse ninguém se salvaria.
Havia desânimo e tristeza.
Um dia, o imperador mandou ao rei um cavaleiro, levando uma mensagem.
Impressionado com a lealdade das mulheres, que haviam permanecido com seus maridos, Conrado oferecia a elas a salvação: poderiam sair do castelo, atravessar o acampamento de suas tropas, que não seriam maltratadas.
E poderiam, ainda, carregar consigo o que tivessem de mais precioso.
Nessa noite, enquanto os homens se preparavam para a batalha, as mulheres discutiam sua fuga.
Não sabemos o que se passou nessa noite. O que sabemos é que de manhã, muito cedo, quando os primeiros raios de sol iluminaram os portões, um grupo de mulheres saiu, trazendo uma grande bandeira branca.
Dirigiu-se ao acampamento do inimigo.
Ao encontrar a primeira sentinela, uma das mulheres adiantou-se e pediu para falar com o imperador. Conrado recebeu-as, cada vez mais impressionado com sua valentia.
As mulheres tinham vindo perguntar ao imperador se podiam, realmente, contar com sua palavra. Se podiam, de verdade, sair do castelo, carregando o que tinham de mais precioso.
Ofendido, ele reafirmou sua palavra:
-Palavra de rei não volta atrás! - ele deve ter dito.
As mulheres então voltaram ao castelo, para executar o seu plano.
Daí a pouco começaram a sair. Envoltas em suas pesadas capas de viagem, caminhando com dificuldade.
Pois nos ombros traziam o que tinham de mais precioso.
Ante o olhar atônito dos homens de Conrado, as mulheres passaram, com seus maridos nos ombros.
Os soldados se voltaram para o chefe, aguardando suas ordens.
Mas Conrado, impassível, mantinha sua palavra, deixando que toda a tropa inimiga passasse por entre suas próprias tropas, protegida pela coragem de suas mulheres.
Contam que o castelo não foi nem invadido.
Ali mesmo, no campo de batalha, Welfo e Conrado se encontraram e a paz foi feita.
E puderam todos voltar para suas casas e esquecer, por algum tempo, que existia guerra.
Há muitos e muitos anos.
A guerra já durava havia muito tempo.
As tropas do Imperador Conrado III cercavam o castelo do Rei Welfo VI.
Antes que o cerco começasse, quando perceberam que as tropas inimigas se aproximavam, os habitantes do castelo já tinham fugido nas suas carroças, nos seus carros de boi ou mesmo a pé, carregando o que podiam.
As crianças tinham sido mandadas para longe, para a casa de parentes.
Ficaram apenas os soldados e os cavaleiros, para a defesa do castelo; e suas mulheres, que não quiseram abandoná-los.
O cerco já durava dois longos anos.
Nos primeiros tempos, os defensores do castelo estavam otimistas, achavam que havia possibilidade de vencer o inimigo, pela luta ou pelo cansaço.
Mas, com o passar do tempo, a comida foi acabando, a água foi se tornando cada vez mais difícil, as doenças começaram a se espalhar.
Os feridos se arrastavam pelos aposentos desertos do castelo, sem tratamento, sem esperança.
A invasão do castelo estava próxima. E todos sabiam que quando isso acontecesse ninguém se salvaria.
Havia desânimo e tristeza.
Um dia, o imperador mandou ao rei um cavaleiro, levando uma mensagem.
Impressionado com a lealdade das mulheres, que haviam permanecido com seus maridos, Conrado oferecia a elas a salvação: poderiam sair do castelo, atravessar o acampamento de suas tropas, que não seriam maltratadas.
E poderiam, ainda, carregar consigo o que tivessem de mais precioso.
Nessa noite, enquanto os homens se preparavam para a batalha, as mulheres discutiam sua fuga.
Não sabemos o que se passou nessa noite. O que sabemos é que de manhã, muito cedo, quando os primeiros raios de sol iluminaram os portões, um grupo de mulheres saiu, trazendo uma grande bandeira branca.
Dirigiu-se ao acampamento do inimigo.
Ao encontrar a primeira sentinela, uma das mulheres adiantou-se e pediu para falar com o imperador. Conrado recebeu-as, cada vez mais impressionado com sua valentia.
As mulheres tinham vindo perguntar ao imperador se podiam, realmente, contar com sua palavra. Se podiam, de verdade, sair do castelo, carregando o que tinham de mais precioso.
Ofendido, ele reafirmou sua palavra:
-Palavra de rei não volta atrás! - ele deve ter dito.
As mulheres então voltaram ao castelo, para executar o seu plano.
Daí a pouco começaram a sair. Envoltas em suas pesadas capas de viagem, caminhando com dificuldade.
Pois nos ombros traziam o que tinham de mais precioso.
Ante o olhar atônito dos homens de Conrado, as mulheres passaram, com seus maridos nos ombros.
Os soldados se voltaram para o chefe, aguardando suas ordens.
Mas Conrado, impassível, mantinha sua palavra, deixando que toda a tropa inimiga passasse por entre suas próprias tropas, protegida pela coragem de suas mulheres.
Contam que o castelo não foi nem invadido.
Ali mesmo, no campo de batalha, Welfo e Conrado se encontraram e a paz foi feita.
E puderam todos voltar para suas casas e esquecer, por algum tempo, que existia guerra.
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