"Lute sempre pelos seus sonhos!"

Esta afirmativa fará sempre parte da minha vida, pois, acredito que os sonhos não envelhecem, nos fazem refletir, buscar caminhar,e, são sonhos até que se tornem realidade...de uma forma ou de outra!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulheres de coragem

FELIZ DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES!

ESTE TEXTO É IMPERDÍVEL!


TEXTO DE RUTH ROCHA

Mulheres de Coragem
Ruth Rocha-Uma história do livro Mulheres de Coragem da Editora FTD


Foi na Alemanha que esta história aconteceu.
Há muitos e muitos anos.
A guerra já durava havia muito tempo.
As tropas do Imperador Conrado III cercavam o castelo do Rei Welfo VI.
Antes que o cerco começasse, quando perceberam que as tropas inimigas se aproximavam, os habitantes do castelo já tinham fugido nas suas carroças, nos seus carros de boi ou mesmo a pé, carregando o que podiam.
As crianças tinham sido mandadas para longe, para a casa de parentes.
Ficaram apenas os soldados e os cavaleiros, para a defesa do castelo; e suas mulheres, que não quiseram abandoná-los.
O cerco já durava dois longos anos.
Nos primeiros tempos, os defensores do castelo estavam otimistas, achavam que havia possibilidade de vencer o inimigo, pela luta ou pelo cansaço.
Mas, com o passar do tempo, a comida foi acabando, a água foi se tornando cada vez mais difícil, as doenças começaram a se espalhar.
Os feridos se arrastavam pelos aposentos desertos do castelo, sem tratamento, sem esperança.
A invasão do castelo estava próxima. E todos sabiam que quando isso acontecesse ninguém se salvaria.
Havia desânimo e tristeza.
Um dia, o imperador mandou ao rei um cavaleiro, levando uma mensagem.
Impressionado com a lealdade das mulheres, que haviam permanecido com seus maridos, Conrado oferecia a elas a salvação: poderiam sair do castelo, atravessar o acampamento de suas tropas, que não seriam maltratadas.
E poderiam, ainda, carregar consigo o que tivessem de mais precioso.
Nessa noite, enquanto os homens se preparavam para a batalha, as mulheres discutiam sua fuga.
Não sabemos o que se passou nessa noite. O que sabemos é que de manhã, muito cedo, quando os primeiros raios de sol iluminaram os portões, um grupo de mulheres saiu, trazendo uma grande bandeira branca.
Dirigiu-se ao acampamento do inimigo.
Ao encontrar a primeira sentinela, uma das mulheres adiantou-se e pediu para falar com o imperador. Conrado recebeu-as, cada vez mais impressionado com sua valentia.
As mulheres tinham vindo perguntar ao imperador se podiam, realmente, contar com sua palavra. Se podiam, de verdade, sair do castelo, carregando o que tinham de mais precioso.
Ofendido, ele reafirmou sua palavra:
-Palavra de rei não volta atrás! - ele deve ter dito.
As mulheres então voltaram ao castelo, para executar o seu plano.
Daí a pouco começaram a sair. Envoltas em suas pesadas capas de viagem, caminhando com dificuldade.
Pois nos ombros traziam o que tinham de mais precioso.
Ante o olhar atônito dos homens de Conrado, as mulheres passaram, com seus maridos nos ombros.
Os soldados se voltaram para o chefe, aguardando suas ordens.
Mas Conrado, impassível, mantinha sua palavra, deixando que toda a tropa inimiga passasse por entre suas próprias tropas, protegida pela coragem de suas mulheres.
Contam que o castelo não foi nem invadido.
Ali mesmo, no campo de batalha, Welfo e Conrado se encontraram e a paz foi feita.
E puderam todos voltar para suas casas e esquecer, por algum tempo, que existia guerra.

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