"Lute sempre pelos seus sonhos!"

Esta afirmativa fará sempre parte da minha vida, pois, acredito que os sonhos não envelhecem, nos fazem refletir, buscar caminhar,e, são sonhos até que se tornem realidade...de uma forma ou de outra!

terça-feira, 16 de agosto de 2016

XIX Congresso de AEE, um pouquinho do que aprendi...


XIX Congresso de AEE

Inclusão e Diversidades – Múltiplos olhares

“ A aparente fragilidade das pequenas iniciativas tem sido suficiente para enfrentar com segurança e otimismo, o poder da velha e enferrujada máquina escolar. A inclusão é um sonho possível!”

“ Não tenha pressa, mas, não perca tempo.”

Frases que marcaram o encontro. Ficam para reflexões:

- O que sabemos em termos científicos do que fazemos com as crianças?

- Precisamos de uma teoria para nos iluminar, aí criamos estratégias.

- A troca de experiências é crucial!

 -Estamos passando por uma crise de paradigmas ( crise de concepção, de visão de mundo).

- Para produzir a reviravolta que a inclusão impõe, é necessário quebrar/ romper com o paradigma moderno.

- Para ser professor de AEE a primeira coisa a fazer é quebrar o paradigma que tem dentro dele.

-Paradigma Moderno: Escola atual é com visão determinista, mecanicista, formalista, ignora em sua essência  o afetivo, o subjetivo, o criador.

- Somos seres de complexidades, não somos fragmentados!

- A gente precisa colocar uma linha de partida, que é uma só, mas, o ritmo, a subjetividade é de cada um, não sabemos a linha de chegada! Cada um irá chegar de uma forma aonde está proposto chegar. Para tanto professor, respire fundo! Tenha calma, ética, compromisso!

- Primeira coisa a fazer no processo de inclusão, é ACOLHER, criar vínculo com o aluno. Ressaltamos que afetividade é fazer o que tem que ser feito, com respeito ao outro.  O aluno precisa ser tratado como “pessoa”. Relação saudável / positiva.

- Dica para fazer a inclusão: Pense na pessoa, busque na ciência, quebre paradigmas dentro de você, depois na prática, troque ideias, esta é a receita!

- O melhor método, procedimento é aquele que é verdadeiro, que brota entre você e o  aluno.

- As perguntas é que movem o mundo! E exigem respostas!

- Algumas respostas:

· Recriar o modelo educativo( quebrar o paradigma de hoje ).

· Reorganizar as escolas nos aspectos pedagógicos e administrativos.

· Ensinar a turma toda- sem exceções e exclusões( fica mais uma reflexão: como ensinar o aluno que não quer aprender? Mas porque será que ele não quer? O que eu tenho que fazer? Este é nosso grande desafio!).

- É muito importante ter o hábito de REGISTRO. O exercício constante de reflexão, cooperação, compartilhamento de ideias! E é importante não comparar os alunos, mas, fazer registro de cada aluno e mês a mês ver a evolução de cada aluno. Exemplo: “ em março, João estava asssim..., abril, assim...”

- Registro é feito para dialogar, consigo mesmo, com sua prática. Nos registros encontramos evidências e reflexões- contribui para o planejamento e replanejamento.

- É bom eu ter  “autoridade de argumento” e não “ argumento de autoridade.”

- Para ter escola de qualidade, comece a investir na sua autoridade intelectual.

- Aprendizagem ativa- aprender fazendo!

- Deficiência Intelectual:

· Idade cronológica é diferente da idade funcional.

· A aprendizagem é mais lenta que a dos colegas.

· É preciso oferecer vários caminhos e estratégias para que o aluno possa aprender.

· Precisa de motivação.

· É  importante colocar regras.

· Estabelecer rotina.

-Criar um currículo funcional com algumas funções específicas e necessárias, importantes para o desenvolvimento cognitivo das pessoas com deficiência.

- Currículo funcional: é uma proposta de ensino que visa a melhoria da qualidade de vida diária e pedagógica dos nossos educandos.

-Adaptações curriculares: pensar o que o aluno sabe/ consegue fazer( habilidades preservadas). Quais são os conteúdos necessários, funcionais para melhor desenvolver.  É importante avaliar o aluno da forma que ele te dê retorno.

-A adequação pedagógica tem que partir do que o aluno sabe.

-Professor tem que ganhar o  aluno!

-O professor especialista é complemento, suplemento do professor da classe regular, que também é responsável pelo aluno com necessidades especiais.

-Tudo o que fazemos tem que ter meios e medidas.

-Professora de apoio está para auxiliar a professora da classe com determinado aluno, este aluno precisa interagir com os colegas também.

-Como pode o professor montar uma aula que sabe que não irá dar certo?

-Nos deparamos com aulas em que os alunos não estão aproveitando!

-As diretrizes nacionais para  a Educação Especial na Educação Básica se baseia que todas as crianças são capazes de aprender, não importando o grau de severidade da deficiência.

-Par ter o atestado de terminalidade, é preciso ter deficiência severa, com laudo e vivências, registros, relatórios arquivados no prontuário.

-A educação inclusiva é quando faz-se uma aula que contempla todos os alunos.

-As crianças com múltiplas deficiências de maneira geral, aprendem lentamente e tendem a esquecer o que não praticam. Elas precisam de instruções organizadas e sistematizadas. Necessitam de alguém para mediar seu contato com o meio que o rodeia.

-De acordo com a Secretaria de Educação Especial do MEC, deficiências múltiplas  dizem respeito  ao nível de desenvolvimento, possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas.

- É importante ver no aluno não só as impossibilidades.

-As aulas precisam ser em cima do interesse do aluno.

-É importante observar  na lousa, o tamanho da letra que favoreça o aluno enxergar.

- A escola precisa ter funcionalidade para o aluno.

- Pautar nas possibilidades e não na limitação. Se começar nas limitações, o aluno não vai ter interesse, começa com as possibilidades, aí chegará nas limitações.

-Trabalhe com as possibilidades, com o que o aluno pode te dar!

- Respeite o tempo de cada um para realização das atividades.

- Estimule.

-Trate a pessoa conforme sua idade. Não infantilize.

- Não superproteja o aluno, permita que dê suas opiniões, participe e tome suas próprias decisões. A superproteção tira a capacidade de ser.

-Trabalhe rotinas, apresente modelos, seja claro e objetivo nas orientações e sempre inclua o aluno nas decisões de seu dia a dia.

- Explique e antecipe para o aluno o que ele precisa fazer de uma maneira que ele entenda e respeitando o seu tempo de aprender, para assimilar as informações.

- A família precisa estimular em casa e o professor, a escola precisam fazer o pai, a mãe  sonhar , acreditar; necessita  orientar a família.

- Professor coloque o “ sim” para os pais, não somente o“ não” ( não fez isso, aquilo... )

- Trabalhe com o “ sim ‘ , o “ não” já temos!

- Professor que acredita, ele fuça!

- Hoje o professor não pode falar que não tem acesso, se a escola não tem, na internet tem.

- Observe qual o lugar da escola que seu aluno mais gosta? Vivencie com ele a escola.

- Respeite a identidade cultural e a forma de comunicação de cada pessoa.

- A tecnologia assistiva é fundamental para a pessoa com deficiência física. –Nunca movimente uma cadeira de rodas sem a permissão da pessoas. – Cadeira de rodas não cresce com o aluno, mãe muitas vezes não vê isso, é importante o professor orientar a família.

- Uma folha de sulfite colada com fita na carteira auxilia e muito o aluno com deficiência física.

- A inclusão requer algumas modificações  e o fundamental é acolher a todos.

-Psicóloga, fonoaudióloga não alfabetiza!

-  Não basta ter o laudo!

- Um pouco sobre o TEA- Transtorno de espectro autista:

· Fatores biológicos( deficiência intelectual e transtorno convulsivos).

· Fatores genéticos( alta taxa de herdabilidade nos irmãos) .

· Fatores ambientais( fatores pré e perinatais).

· Fatores neuroanatômicos.

· Fatores bioquímicos.

ü     Primeiros sinais- díade autista:

· Défcit na comunicação social e interação social.

· Padrões repetitivos e restritos de comportamento, interesses e atividades.

ü     Pessoas com autismo são pensadoras visuais. Seus pensamentos são concretos, transformando as imagens em objetos mentais... Dai a importância do uso de imagens com os alunos.

ü     Precisam de uma rotina. Para conseguir se organizar no tempo, já que os conceitos de passagem de tempo são muito abstratos para a grande maioria dos autistas.

ü     Possuem dificuldades de aprender por observação.

ü     Não fale: “ faça assim”, precisa de modelo, precisa do concreto, depois vai aprendendo.

ü     Muitos não entendem frases extensas ou até palavras. Tendo também uma limitação na questão da comunicação.

ü     Aluno autista não é agressivo, tem momentos de agressividade quando não consegue comunicar-se, assim, precisa chamar a atenção de alguma maneira.

ü     Adaptações no ambiente são necessárias: rotinas( agendas visuais e murais de comunicação; definições, organização e identificação dos espaços;transição nos ambientes.

ü     É preciso sensibilizar, contagiar.

ü     A inclusão só é boa se beneficia, traz alegria.

ü     Brincando com as crianças com recursos lúdicos, a criança se expressa,aprende. A criança autista não sabe brincar, então precisa ensinar.

ü     A fala do professor deve ser serena, explícita e pausada. Acriança autista tem aversão a ambientes agitados e desorganizados.

ü     Resiste a mudanças de rotina.

ü     Manifesta risos e movimentos não apropriados.

ü     Tem muitas dificuldades motoras.

ü     É resistente ao toque. Mas, trabalhe com fantoches, este ajuda o aluno a comunicar-se, se aproximar.

ü     Trabalhe com slogans, alguns se sentem interessados.

ü     Consciência fonológica - os sons das letrinhas, a formação das sílabas, é muito importante no trabalho com eles. 

ü     Faz pouco contato visual.

ü     Apresenta quadro de irritabilidade quando é contrariada.

ü     Não interage no grupo social, tende-se a isolar no ambiente escolar e  familiar.

ü     Apresenta apatia frente aos estímulos, tem preferência por objetos circulares.

ü     Apresenta atraso na linguagem ou ecolalia e a simbolização fica severamente prejudicada.

ü     Quando pensamos nesses sintomas, devemos refletir sobre como integrar-se ao mundo desta criança, fazer parte, olhar para ela e buscar contato para que ela te perceba e permita você interagir e brincar.

ü     É preciso colocar regras, horários.

ü     O aluno deve ter rotina em casa também.

ü      Construir atividades à partir dos desenhos, o que gosta de assistir.

ü     Queremos que a criança entre em  nosso mundo, mas, nós é que temos que entrar no  mundo deles. A criança autista não está preparada, não tem interesse nenhum para eles.

ü     Muitas crianças costumam  imitar o exemplo de outros e frequentemente apresentam reações de oposição.

ü     Mãe, professor tem que passar do LUTO para a LUTA. A família está em luto porque a criança que eles esperavam não nasceu. Traga a família para escola. O vínculo afetivo é muito importante.

ü     O professor constrói o caráter do aluno juntamente com a família, ou destrói... até hoje nos lembramos de nossos professores, os que foram bons e os que não foram...

ü     O acolhimento, vínculo afetivo é o motor que começa a gerar a vontade de aprender.

- Inclusão- processo complexo que configura diferentes dimensões: ideológica; sociocultural, política e econômica.

- Inclusão é um processo pessoal, do indivíduo. O papel do professor é organizar os tempos e espaços da sala de aula, olhando o aluno, organizando a metodologia para que este aluno se  sinta incluído. Quando a criança se sente acolhida ela vai querer voltar para escola.

- A inclusão significa transformação da prática pedagógica, das relações interpessoais positivas, da interação e sintonia entre professor- aluno; família- professor; professor- comunidade escolar e compromisso com o desempenho acadêmico. Relação família professor é primordial.

- A inclusão depende da criação de rede de apoio e ajuda mútua entre as escolas, pais e serviços  especializados da comunidade para a elaboração do projeto pedagógico individual.

- Temos o costume de valorizar o que o aluno não consegue, é cultural. Precisamos mudar isso!

- Ambiente estimulante não é sala de cheia de coisas( cartazes, cantinhos) e sim que reforça os pontos fortes, reconhece as dificuldades.

- A vida das pessoas com baixa visão é complicada, muitas vezes não é entendida.

- Muitas vezes a família superprotege, ela tira a capacidade do outro ser.

-Trabalho  para o deficiente – barreiras atitudinais – barreiras do preconceito. Como funcionário ele precisa de uma boa capacitação para ser um profissional produtivo.

- A educação inclusiva não se faz por decreto ou diretrizes.

 

“ A cegueira é uma questão de visão!”

Dicas de páginas de redes sociais interessantes:

 


https://www.facebook.com/adeva1978/?fref=ts

 

Leis que precisam ser conhecidas:

 

NOTA TÉCNICA Nº 055 / 2013 / MEC / SECADI / DPEE



RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009

 

Segundo a responsável pelo congresso, Ivanilde Moreira, em nosso dia a dia sentimos SOLIDÃO, mas, é uma “ solidão amiga” , solidão com as dificuldades para implantar a verdadeira inclusão , por sentir vontade de concretizar nossas metas. Nos congressos, reuniões juntamos forças.

 

“ Pra onde fores vá de verdade, vá de coração. “ Confúcio.

 
NO HTPC  DO DIA 15 DE AGOSTO, FIZ REFLEXÕES COM OS PROFESSORES SOBRE O CONGRESSO.

 

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