"Lute sempre pelos seus sonhos!"

Esta afirmativa fará sempre parte da minha vida, pois, acredito que os sonhos não envelhecem, nos fazem refletir, buscar caminhar,e, são sonhos até que se tornem realidade...de uma forma ou de outra!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Entrevista Escola em ação


Nossa escola participa de um programa de Furnas, chamado Escola em ação, eu concedi uma entrevista ao jornalista Marcelo , confiram o resultado e conheçam o site:

http://www.escolaemacao.org.br/publico/ApresentarConteudo.aspx?TP=2&CODIGO=C2010930204752904

Entrevista - Comunidade escolar de SP se compromete com o meio ambiente
[30/09/2010]


A prática de ações em prol do meio ambiente e de uma vida saudável já é uma realidade na Escola Dr. Evangelista Rodrigues, localizada no município de Cachoeira Paulista (SP). As atividades, entretanto, não envolvem somente os alunos, mas também professores, pais e comunitários. “Pensando na importância de envolver a todos que nos cercam, necessitamos levar a consciência destes hábitos saudáveis para os lares de nossos alunos. Aprendemos muito mais pelo exemplo e pelas ações do que por palavras”, afirma, nesta entrevista, Renata de Castro Camargo, coordenadora pedagógica desta e de uma escola do campo vinculada à Dr. Evangelista Rodrigues, a Antonio Benedicto Hummel, localizada no bairro do Jataí, na Zona Rural do município.
Através da participação coletiva, as temáticas têm sido observadas e postas cada dia mais em prática, viabilizadas pela motivação e pelo compromisso de todos. “Estamos caminhando, e muitos são os obstáculos. Há muito a percorrer, porém nossa equipe é unida, sintonizada. Trabalhamos acreditando que é possível chegar lá”, afirma a coordenadora.
Escola em Ação - Onde está localizada a escola e quais as características da região?
R.: Eu sou coordenadora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Evangelista Rodrigues, localizada no centro do município de Cachoeira Paulista, em São Paulo, região que tem sua economia voltada para a pecuária e a agricultura. Também sou responsável pela coordenação de uma escola do Campo vinculada a ela, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Antonio Benedicto Hummel, localizada no bairro do Jataí, na Rodovia dos Tropeiros, Zona Rural do município, onde a população itinerante [que percorre itinerários] vive da produção de leite e da agricultura familiar.
Escola em Ação - Qual a faixa etária atendida? Todos os alunos são do próprio bairro ou também provenientes outras localidades?
R.: A escola atende alunos de 6 a 14 anos, do 1° ano ao 5° ano, e classes especiais. Temos alunos de diferentes bairros do município. Já a unidade Antonio Benedicto Hummel possui uma classe multisseriada, com alunos de 6 a 11 anos.
Escola em Ação - Quando começou o envolvimento da escola em ações voltadas ao meio ambiente?
R.: Temos este trabalho nas escolas há anos. Procuramos desenvolver várias ações práticas com alunos, equipe escolar, pais e comunidade a fim de promover a conscientização da importância de preservar o meio ambiente, a saúde e a vida.
Escola em Ação - Este ano, a escola buscou conscientizar não somente os alunos, mas também os educadores, pais e a comunidade da região, sobre a importância de ter hábitos de alimentação saudável. Qual a relevância desta ação?

R.: Pensando na importância de envolver a todos que nos cercam, e pelo fato de a criança passar mais tempo, evidentemente, com a família, precisamos levar a consciência destes hábitos saudáveis para os lares de nossos alunos, para que os vivenciem efetivamente. Acreditamos que muitas vezes estes são inexistentes pela falta de informação e estímulo. Por isso, propusemos ações diretas com a família, o que nos proporcionou excelentes resultados, observados também dentro da própria escola entre a equipe escolar. Afinal, só ensinamos aquilo em que acreditamos e o que conhecemos. Aprendemos muito mais pelo exemplo e pelas ações do que por palavras.
(Ao final desta entrevista, o texto “Vestido Azul”, indicado pela coordenadora, ressalta a necessidade de reflexão quanto à prática individual em prol de hábitos saudáveis).
Escola em Ação - Como foi a preparação dos participantes? Houve a colaboração de parceiros neste processo?
R.: Os participantes foram convidados para um encontro na escola em comemoração ao Dia da Mulher. Quando chegaram, a palestrante, Adelaide, dona do restaurante Viva Natural de Cruzeiro, ministrou uma exposição sobre hábitos saudáveis, e conseguiu envolvê-los de forma muito dinâmica, deixando-os muito interessados. Perguntas foram feitas, e dúvidas esclarecidas sobre o tema, com dicas práticas para o dia a dia. Este processo foi feito primeiro com pais, professores, funcionários e comunitários e depois com os alunos.
Além disso, a Secretaria de Saúde também nos ajuda quando fazemos encaminhamentos a médicos e dentistas. O Instituto de Manejo da Biodiversidade (Imbio) nos deu uma palestra sobre animais peçonhentos e cuidados com a saúde. A Vigilância Epidemiológica fez atividades sobre o combate à dengue. Tivemos palestra sobre o combate ao fumo e álcool também. A senhora Leila, de Furnas, nos proporcionou subsídios para que participássemos do Projeto Escola em Ação.
Os professores trabalham com variadas atividades sobre os temas propostos em sala de aula, em gincanas, e em aulas práticas, fazendo, por exemplo, receitas e ensinado as crianças a mastigarem corretamente, a escovar os dentes, lavar as mãos, a cuidar do ambiente, mantendo-o limpo e preservado, entre outras ações. Todas estas atividades vão contribuindo para a formação de nossos educandos.
Escola em Ação - Já foi possível observar resultados e mudanças?
R.: Sim. Os envolvidos estão adotando práticas mais saudáveis. Temos várias pessoas praticando esportes, inclusive nossos alunos, que já conquistaram troféus. As crianças estão trazendo frutas para a escola e na cantina não vendemos frituras e refrigerantes. No almoço, sempre que possível, a Prefeitura serve verduras, frutas e legumes.
No bairro do Jataí, temos uma horta, e os alunos também consomem as verduras e legumes cultivados com a ajuda dos caseiros da escola. Na hora do recreio e do almoço, a professora orienta os alunos a como se alimentarem corretamente.
Escola em Ação - Qual a importância de os alunos se envolverem com a preservação do ambiente?
R.: As crianças absorvem rapidamente o que é significativo para elas e acabam cobrando dos colegas e de seus familiares que tenham atitudes adequadas. Elas são o futuro do nosso país, por isso a necessidade de plantarmos sementinhas boas em cada uma para que possam fazer a diferença.
Escola em Ação - Na escola de campo vinculada à unidade foi descoberta uma mina. De que forma isso serviu como proposta para a prática ambiental com os alunos e a comunidade?
R.: Os alunos ficaram muito curiosos com a descoberta e, através da observação, do carinho com que os caseiros Joel e Sílvia cuidam do local, passaram a pesquisar sobre o assunto. Estes funcionários passaram muitos conhecimentos para os alunos e ajudam a manter o local limpo. A partir daí, os estudantes passaram a zelar ainda mais pelo ambiente da escola, não jogando lixo no chão, cuidando do jardim, das árvores. Foram feitos passeios pelo bairro para valorizar a realidade de cada um e assim estudar os conteúdos envolvidos. Tivemos um melhor rendimento no processo de ensino e aprendizagem, inclusive com aumento na frequência escolar.
Escola em Ação - Outras atividades nesse sentido já foram desenvolvidas pelos alunos?
R.: Uma atividade muito interessante que a escola do Jataí desenvolveu foi referente aos restos de alimentos que eram jogados embaixo de uma árvore, o que acabava juntando baratas, ratos e cachorros. Hoje, os restos são colocados em uma vasilha própria, e um dos pais leva para dar de alimentos aos porcos. As crianças aprenderam também a colocar no prato somente o suficiente para se alimentarem, diminuindo os restos.
Estamos precisando ainda colocar em frente à escola uma lixeira coletiva, porque os moradores acabam jogando sacos de lixos no chão, por falta de um lugar apropriado. Por isso estamos buscando uma parceria para conseguir esta lixeira.
Escola em Ação - Existe o planejamento para ações futuras?
R.: Pensamos em conseguir cursos para os pais sobre o reaproveitamento de alimentos e artesanato. Marcelo, trecho meio confuso, por favor, reescreva-o.Porém, ainda não conseguimos nenhum voluntário. Também há planejamentos que estamos organizando semanalmente nos encontros de formação da Escola Ativa - programa de educação voltado para as escolas de campo, com classes multisseriadas.
Escola em Ação - De que forma a senhora analisa o papel do Projeto Escola em Ação na integração dos alunos e das escolas por todo o país, estimulando as práticas ambientais?
R.: O projeto tem papel fundamental no apoio pedagógico às escolas, na divulgação de ações interessantes e na promoção da troca de experiências. Além disso, nos estimula a buscar sempre melhorar e promover um processo de ensino e aprendizagem dinâmico, criativo, alegre e eficiente no desenvolvimento dos conteúdos, atitudes, conceitos e procedimentos.
Gostaria de relatar que já tivemos uma atividade muito rica e prazerosa: os alunos da sala de Recursos Multifuncionais da escola Dr. Evangelista Rodrigues” foram visitar os alunos do Jataí. Foi uma experiência muito rica. Os alunos do Evangelista cantaram, dançaram , apresentaram teatro. Já os alunos do Jataí mostraram a mina, as árvores, a horta. Todos jogaram bola e almoçaram juntos. Cada um pôde reconhecer, respeitar e valorizar a realidade do outro.
Todas estas atividades são possíveis de serem realizadas através de uma gestão democrática e consciente. Temos educadores que são compromissados com seu trabalho e que conseguem estimular a maioria de seus alunos. Estamos caminhando, e muitos são os obstáculos. Há muito a percorrer, porém nossa equipe é unida, sintonizada. Trabalhamos acreditando que é possível chegar lá!
Texto de apoio para reflexão indicado pela entrevistada:

O Vestido Azul

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas. O professor ficou penalizado com a situação da menina. "Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?". Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu lhe comprar um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul. Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas. Quando acabou a semana, o pai falou: "mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim." Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes. Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade. Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado. Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro. A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania. E tudo começou com um vestido azul. Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou fazendo que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias. Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive? Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e a violência do trânsito? Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada. É difícil reconstruir um planeta, mas é possível dar um vestido azul. Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade

Autor Desconhecido




Quiçá possamos todos fazer a nossa parte, acreditar que é possível, acreditar na transformação nossa e do outro! Vamos tentar!

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